10.7.09

O Sal Aveirense

"Com água e luz, a alma aveirense é feita de sal. Sal fino. Sal finíssimo. Diferente do sal traçado do Tejo ou do sal grosso de Setúbal. Sal. Sal a que já chamaram tudo: «ouro branco», «sangue branco», «grão divino», «sal da vida», «milagre branco». Às quadrículas azuis das marinhas chamou Almada Negreiros «janelas do céu». D. João de Lima Vidal viu nas salinas «tabuleiros de cristal». Poesia de sal. O sal inspirou poetas. O sal temperou sonhos. O sal purificou a paisagens. Mas o sal também é suor. Muito suor. É labuta de gente crestada pelo sol há mais de mil anos. Gente laboriosa. Gente salgada. Sal da terra."
In Aveiro, Cidade de Água, Sal, Argila e Luz de Manuel Ferreira Rodrigues - Câmara Municipal de Aveiro

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Montra elaborada pela loja "Cá Há Cacos" (Estrada de S. Bernardo) sal e objectos cedidos por "Sal Tal Qual"

O sal tradicional:

Tem uma natureza complexa quando comparado com o sal processado industrialmente, neste quase todos os compostos são removidos no processo de tratamento, com excepção do cloreto de sódio.

Poderá verificar que o sal tradicional tem um sabor forte, sem ser áspero. Permite por isso acrescentar um leque variado de aromas à sua comida.

Também é possível distinguirem-se os diferentes conteúdos de minerais no sal tradicional quando este é proveniente de diferentes salinas.

O sal tradicional contém mais de 80 elementos que se podem encontrar na água do mar. Enquanto que alguns se encontram em quantidades reduzidas, outros como o magnésio, o cálcio e o potássio estão presentes em quantidades significativas.

Os benefícios dos produtos naturais são amplamente conhecidos. O sal não é excepção.

Porquê usar um sal que foi refinado, tendo-lhe sido retirados elementos importantes para a saúde do Homem, sem que lhe tenham sido adicionados elementos benéficos em troca?

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